sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ocupações vãs

Olá, amigos!


Quanto tempo não posto!!! A correria das coisas da vida andam me consumindo e por isso, aproveitando esse tempo de Semana Santa, "resolvi dar o ar da graça"!


Nesse tempo ando pensando sobre muitas áreas da minha vida e, parafraseando Clarice Lispector, no que se trata de novos caminhos:


"Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
(Clarice Lispector)


Um tempo de Páscoa repleto de vida para todos nós!!!



segunda-feira, 12 de março de 2012

Não tenha medo da Cruz

Cristo de São João da Cruz, de Salvador Dali

Simão de Cirene por um instante ajuda Jesus, mas a tarefa de carregar a cruz é pessoal. Depois do breve alívio, a responsabilidade é retomada.
“Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).

No caminho do Calvário, diz o Evangelho de São João que o próprio Jesus carregava sua cruz (cf. João 19,17). Jesus sabia da sua missão, do projeto do Pai para com ele. Diante da possibilidade de sofrimento, o Deus encarnado, podia fugir para o deserto, longe de todos, mas não fugiu.  Depois da primeira queda, podia ter simulado um desmaio, desistindo ali, mas não desistiu. Ao ver sua mãe chorando, podia ter-se sentido vítima, injustiçado, mas não foi assim.

Nos olhos do filho, penetrados nos olhos da mãe, existia uma cumplicidade: Eis aqui os servos do Senhor, faça-se a tua vontade... (Lucas 1,38).

Simão de Cirene por um instante ajuda Jesus, mas a tarefa de carregar a cruz é pessoal. Depois do breve alívio, a responsabilidade é retomada.

Jesus faz o convite: se alguém quer vir comigo, é necessário negar-se a si mesmo (Mateus 16,24).

Em nossos tempos, negar a si parece absurdo, fora dos esquemas psicológicos estabelecidos.


A orientação do Mestre é sábia. Nossa história individual geralmente é marcada por imagens que fabricamos de nós mesmos, ou por aquilo que desejamos acreditar a nosso respeito. É um prato cheio para as vaidades e enganos, mas ninguém pode seguir Jesus, iludido com a própria imagem.

Negar-se é esvaziar-se, arrancar os enfeites e assumir nossa real condição. Abraçar nossa essência com nossas perfeições e, sobretudo, nossas imperfeições.

Diante desse esvaziamento, a cruz deixa de ter o peso insuportável, às vezes sentido por nós. O sofrimento, mesmo na dificuldade para compreendê-lo, adquire um sentido pleno... Assim, não teremos a tentação de fugir, de desistir e de nos fazermos de vítimas. Existirá no brilho de nossos olhos uma certeza inquebrantável: minha fé é maior que minha cruz.

Não existe uma cruz mais pesada que a outra. Aparentemente, pode ser leve se, porém, a vida estiver mergulhada num poço de vaidades, o choramingo será constante, a debilidade ditará as regras...  Sou testemunha da fé de pessoas que diante do limite extremo, do peso insuportável de suas cruzes, foram capazes de transmitir serenidade... Nesses casos, só uma coisa explica, como diz o salmista: O Senhor é nossa rocha (Salmo 17,3).


Pe. Luís Erlin é sacerdote, missionário - autor do livro “Olhai os lírios do campo - Nada perturbe vosso coração”, Ed. Ave-Maria. Contato: editorial@avemaria.com.br

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Um sonho a mais...

Hoje eu tive um sonho... Nele todas as coisas boas que vivi na vida adulta estavam juntas e formavam em um só tempo o mesmo cenário, o palco da minha história.

Foi tão intenso que não queria acordar e me dei conta que preferia ficar naquele mundo do que acordar para esse. Que coisa é essa que nos dá a capacidade de escapar? Que necessidade de fazer um novo ano diferente nos toma a cada dezembro? E quando acordamos, esse sentimento ainda nos toma e nos acompanha por algum tempo infinito e particular?

Algumas perguntas me tomam e dominam os meus pensamentos, na certeza de que a caminhada é longa, mas as conquistas que vou tendo ao longo do percurso valem à pena! Desejo que o cenário que vi nos meus sonhos não se torne realidade, pois quero uma história nova, com percalços, com vitórias banhadas do suor do esforço! Quero a firmeza no olhar, a certeza no perceber o que está ao meu redor e mais, desejo manter o coração repleto de esperanças!

A escrita me esvazia em qualquer tempo e faz com que coloque a mente em ordem e mesmo diante de tantos questionamentos, sei que posso ser ainda bem maior! E hoje cheia de sonhos e esperanças, sei que tenho muitos desafios a vencer e serão com eles que poderei escrever a minha história, que só cabe a mim o domínio da caneta e do papel. As circunstâncias serão apenas curvas sinuosas que me colocarão a prova e me farão escrever com mais intensidade e emoção, mas o controle, ele é meu!

Hoje eu tive um sonho, amanhã outro, depois outro e outro...



Em 2 de janeiro de 2012.