sábado, 25 de junho de 2011

Música: Flor da pele (Zeca Baleiro)


Essa é meio que a minha vibe de hoje... Estranho, né?
Mas vale a música por que é muito boa!!!
Um bom fim de sábado e um domingo especial pra todo mundo!


A vida no Reino Tão, Tão Distante

Olá pessoal!

Bom dia!
Não sei se bom dia ou boa noite, pois como alguns sabem, tenho um fuso horário meio diferenciado... Tive hoje um encontro com algumas amigas de alguns anos e fiquei pensando sobre como é complicado você chegar aos 30 anos com uma vida relativamente estável e tentar um relacionamento com alguém... Ter que dar satisfações do seu dinheiro, dos seus passos e das suas mínimas coisas, nessa altura do campeonato é algo pra lá de difícil quando se tem uma personalidade forte como a nossa! Fico pensando o quão difícil seria eu me interessar por mim... Cara, que mulher difícil essa tal de Giselly!

As mulheres da minha geração estão fazendo análise por que nem nós mesmas estamos dando conta das nossas questões... Estamos caminhando para uma linha de auto-suficiência (se é que posso chamar disso!), que nem nós mesmas estamos dando conta! Eu ainda confesso que estou resistindo bravamente mas em alguns momentos penso que não pertenço a este mundo! Quando fico nessa paranoia, combino um chopp com as amigas dos 30 e poucos anos e tudo dá uma amenizada...

E pensar sobre isso não significa que a gente fica pegando "papel na ventania" não!!! Rsrsrs É que é fundamental nos reconhecermos como mulheres que nasceram na década de 80 que cresceram com mães e pais que disseram o tempo todo pra gente que poderíamos e deveríamos ser mais que eles... A gente seguiu essa onda e foi, foi, foi... Seguiu pra tão distante que nem o Shrek, no "Reino Tão, Tão Distante" consegue acompanhar a nossa caminhada! 


Bem, vale a reflexão! As minhas reticências continuam e eu vou caminhando, pensando e principalmente: VIVENDO! E viver é o mais divertido!!!

Fui....

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pedido ao Senhor...

Meu bom Deus, meu Pai,
Que deste a vida a este mundo,
Por favor todo mal afastai
Deste que te roga, um moribundo.

Mediante vozes e movimento
Concentro-me apenas em ti,
Quero exultar-te a todo momento,
Faça meu coração voltar a sorrir.

Te rogo agora Pai Celestial,
Abrandai meu pobre coração,
Unge-o na pia batismal,
Mostre-lhe a única salvação.

Peço agora com o âmago do meu ser,
Sua bênção para o amor
Daquele que é a razão do meu viver
E a cura da minha dor.

Obrigado Senhor por este momento de atenção,
Creio que minha fé me auxiliará,
Sei que os anjos não dirão não,
Para o sentimento que a ele cativará.

Minha luz e meu único salvador,
Sei que meu clamor ouviu também
São Sebastião, que rezará com ardor
E os anjos comigo dirão: Amém!


Por Giselly Aguiar em 2006



ARTE DE AMAR (Manuel Bandeira)

Um lapso romântico me tomou por agora, então aí vai uma poesia...
Até por que, não existe ninguém melhor pra falar do AMOR do que um poeta!
Deliciem-se e suspirem com Manuel Bandeira!


Arte de Amar

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.

Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Fonte: http://drinkdeideias.blogspot.com em 24/6/2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

VÍDEO DO MEU PRETO MAIS AMADO: SEU JORGE

VÍDEO PRA CURTIR UM BOM SAMBA

VÍDEO PRA ALIMENTAR A ALMA

VÍDEO: MEU HINO: Don't Worry, Be Happy

Simplicidade + sensibilidade + intensidade = CRIANÇA

Um viva a Manoel de Barros!!!

Sem comentários... Apenas veja e pense.

DICA DE LEITURA PARA GRANDES E PEQUENOS

Gente,

Acho que esse negócio aqui tá me deixando meio compulsiva... Rsrsrs
Tudo eu quero contar e partilhar!!! Tô sendo fofoqueira da minha própria vida!
Não importa, falo mas falo de mim... Rsrsrs

Dias atrás li um livro muito bacana que recomendo tanto para as crianças quanto para adultos, se chama "A árvore que canta, o pássaro que fala e a fonte que rejuvenece". É de editora Brinque-Book e a autora é a Maté, que também é ilustradora deste e de outros livros da mesma editora. O livro é de 2007. 

O que me chamou atenção é que a Maté conheceu essa história em 2005 quando viajou para o interior do Marrocos... Resolveu adaptá-la para o português e ilustrá-la conforme suas percepções.


Amei a história! Enquanto lia, fiquei pensando que final teria e que era impossível interrompê-la antes da última página! A fala é direta e próxima; dá vontade de ir com a autora pra dentro do livro! É quase que uma conversa ao "pé do ouvido". Uma bela e simples história de amor!
Fica a dica de uma boa leitura!

Descrição:
"Uma história dentro da outra... Assim é o novo livro da escritora e ilustradora Maté. Depois de traído por sua ex-esposa, Chahriyar, o sultão da Pérsia, vive em função do desejo de se vingar das mulheres. Mas Sherazade, uma bela e inteligente donzela, consegue fisgar o coração do sultão contando, noite após noite, diferentes histórias a ele. Após as maravilhosas histórias de Aladim, Simbad, Ali Babá e muitos outros personagens, Sherazade oferece ao sultão Chahriyar, na milésima primeira noite de núpcias, uma preciosa história de amor: A árvore que Canta, o Pássaro que Fala e a Fonte que Rejuvenesce."

Não resisti...

Amigos,
Foi um momento de muita tensão mas também de muita alegria participar ativamente do casamento de pessoas tão queridas quanto a Amandinha e o Luis! 
E para minha maior emoção, minha mãe em um raro momento, foi me ver cantar, lá do fundinho da Igreja...
Queria compartilhar isso com vocês por aqui!

:D Feliz! :D

O meu muito obrigada aos amigos que já andaram por aqui!
O meu rebento ainda é novinho e precisa de cuidados e 
sem vocês é impossível que ele cresça forte e saudável!


Você já parou para pensar?



Dá só uma olhada nesse vídeo do Youtube...
Fiquei cheinha de reticências na cabeça!
São apenas 4 minutos, vale ver e compartilhar!
UM EXCELENTE DIA PARA TODOS!!!

Compartihando um dos meus filhos antigos... Quem sabe não chegou a hora de retomá-los? Esse é de 2006.

Acróstico?

-A-ndei me questionando sobre a vida...


-A-parentemente é uma incógnita nossa existência
-R-epetidamente fazemos coisas que viram mesmice
-T-ratamos o que dói como algo medonho
-E-xageramos ao definir certos acontecimentos


-D-ecidimos geralmente pelo que é errado
-E- falamos com Deus geralmente só nas dificuldades


-P-elo que vejo, penso e só fico a me perguntar:
-E- nesse mundo em que vivo, que preciso ser diferente,
-N-ecessariamente preciso lutar?
-S-abedoria o que é? O amor? A paixão? O viver? A fé?
-A-
cho definitivamente que essa tal arte de pensar

-R-emete-nos a uma realidade irreal; outra dimensão...

Um dos quadros de Debret sobre a escravidão no Brasil


Texto que me traz sentimentos, lembranças de uma história...

Olá pessoal!

Hoje lendo o jornal, coisa que quase nunca faço, encontrei essa pérola e ela me remeteu a história da minha família... 

Li esse texto e gostei tanto que saí repassando pra todo mundo que sabia que leria e poderia compartilhar de algum sentimento como eu!

Sem levar em conta a história do autor da matéria e reflexões teóricas, procurei ficar apenas com o sentimento que ele me trouxe...


Angola Santo Cristo

Por Milton Cunha
Fonte: Jornal O Dia, pág. 3 de 21 de junho de 2011

Precisando estampar os mapas das províncias de Angola numas lycras, fui bater numa oficina de Sublimação (técnica com prancha quente que transfere as cores do papel para o tecido) no velho Santo Cristo. Quem me atendeu foi o pequeno negro Fernando, jovem de quase 30 anos, querido, magro, doce como uma criança. Um dos proprietários do ateliê, ele ficou fascinado pelos mapas da terra da vida de seu povo.

Seus olhos brilhavam e ele pulou sobre as estampas de Ilu Ayê; eu não existia mais. Era ele e sua terra de outrora; eu sabia que a alma de Fernando e seus pensamentos já não mais estavam no casarão do velho Rio.

Aos poucos, ele conseguiu sair do transe e balbuciou: “O senhor conhece Angola, como é lá?”. Ele não tirou os olhos das cartas geográficas, e eu falei para o ouvido dele, um escutador do tempo e da memória: “Olha Fernando, a terra vermelha da poeira eterna que tinha lá baixou, asfaltaram as ruas, subiram os prédios e hotéis, estão construindo os conjuntos populares. Estão levando as famílias do Centro para estes conjuntos, vão reurbanizar a velha Luanda. Mas o que mais me impressiona, Fernando, é a mulher angolana. Como trabalha, como é forte. Suas peles brilham ao sol do meio dia, suadas de andar pra cima e pra baixo como nossas antigas pretas-de-ganho, pintadas por Debret. Impressionante a fibra delas, acho um espetáculo quando elas pegam os bebezinhos, jogam na costa, amarram um pano no peito que segura eles lá atrás, e saem vendendo os mais cariados produtos, de abacaxi a peixe, de tecidos a quinquilharias de cozinha, uma beleza. São guerreiras incansáveis”.

Pronto, como se não bastasse a loucura dele, ainda tinha minha descrição lírica, que o atravessou sobre o Atlântico. Foi aí que ele me disse: ”Minha avó era uma delas, foi lavadeira a vida inteira, morava na favela de Cordovil, educou mamãe e nos educou, três irmãos, nos botou pra estudar, sempre lavando a roupa das madames da Zona Sul. Hoje estamos todos formados, vivemos bem, mas vovó foi a negra mais valente que vi. Ela era filha de um preto tão preto que na foto quilombola que temos dele, de 1910, no Mato Grosso, só aparece olho e dente branco do sorriso largo. Ele era escravo vindo de Angola, e ela nasceu na lei do ventre livre. Casou, veio pro Rio, e viveu a trabalhar feliz. Um dia vou visitar Angola...”.

Rapidamente o fio de ligação de um novelo que se desenrola há séculos encontrou conexão. São aqueles momentos na vida que jamais esqueceremos. Negro é vida, na mutação do tempo. José do Patrocínio, nas tábuas da oficina. As águas dos olhos de Fernando eram as vagas de Yemanjá na travessia dos navios negreiros, com o mestre-sala dos mares. O mistério das terras africanas cantavam e dançavam diante de mim, emocionante.

Desabafo em crônica

Eis a razão do nome do blog...
Espero que tenham a bondade de ler até o fim, juro que já melhorei de 2006 pra cá!!!
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Desabafo em crônica

A vida é mesmo muito engraçada... A gente tem as oportunidades e no momento em que elas aparecem dão a sensação de que são a melhor coisa que apareceu... O tempo passa e bem rápido eu percebo que não é bem assim...

Fico espantada como as coisas mudam de figura na minha cabeça e como a minha opinião tem sido volúvel: ora ou amo, ora eu odeio; rapidamente eu me apaixono e num piscar de olhos eu não tenho mais interesse. E penso o que a vida fez comigo e como eu tenho lidado com as situações...

As várias oportunidades me deixam louca e eu gosto de tudo, amo tudo e muito depressa deixo de amar... O que anda acontecendo na minha cabeça que dá giros tão rápidos que a minha razão mal pode acompanhar...

Isso tudo é tão doido que estou escrevendo como se fosse um “brain storm” para que eu não deixe de desabafar esse “mal” que atormenta... Que coisa doida... Paro, olho o jornal, ouço uma música, faço uma oração, vejo tv e nada passa essa sensação estranha de que ainda não tô legal.

Tenho pessoas que me amam ao meu redor, não tenho tudo que amo, mas amo tudo o que tenho. O que fácil é bom, mas é muito mais desinteressante... E aí eu me lembro de uma poesia que eu fiz que num verso fala: “Quero tudo, quero nada / Quero a vida mal falada”. Quero mesmo experimentar tudo, escrever de tudo, acreditar que o mundo pode ser bom e que as pessoas que não têm um coração puro sofrem de um mal patológico e que a maldade é uma doença que pode ser tratada... Definitivamente, como diz minha madrinha: “Eu não vivo neste mundo!” E querem saber de uma: nem quero viver nele...

Tem horas que este mundo me atormenta; o corre-corre do dia-a-dia, as exigências de um trabalho fixo, onde se ganha o melhor, mas não se vive o melhor; a atividade física, os cremes, as roupas, o culto ao bem estar “rotulado”, os pais exigindo dos filhos atitudes cada vez mais maduras em situações cada vez mais precoces... Mas que droga!!! Sinto-me diversas vezes pressionada por coisas que não são minhas, mas que todos querem que sejam. Tento de muitas maneiras lutar contra esse mundo “capitalista selvagem” mas confesso a todos que perdi diversas vezes.

Gostaria de provar de todas as coisas que julgo boas, mas isso não quer dizer que desejo sair por aí me drogando, fazendo sexo deliberadamente, mas sim que eu quero viver uma vida sem as exigências do mundo de fora... Acredito muito que cada pessoa interfere efetivamente na sociedade, mas nem todo mundo pensa assim... Deve ser por isso talvez que me sinto diversas vezes “altista”.

Paro e penso naquilo que gosto e exijo de mim mesma uma única escolha e aí meu espírito de filósofa diz: Peraí! Por que eu tenho que escolher uma só? Essa pergunta não vale só para mim não, hein?! O que passa pela cabeça das pessoas quando elas param para refletir sobre suas vidas? O que você espera da sua?

Pego-me diversas vezes imaginando o que as pessoas podem estar pensando (no gerúndio mesmo), o que elas fazem daquilo que pensam. Acho graça e acho que estou ficando maluca ou que a única alternativa para minha vida é realmente observar e escrever; mas eu gosto também de cantar, de lecionar, de estudar... O que é que eu vou fazer com isso tudo?

Preocupo-me, pois já tenho 25 anos e nem tenho a mínima pretensão de fazer uma escolha. O tempo passa assim como eu vou amadurecendo e ficando, não sei se bom ou ruim, cada vez mais questionadora e valorizando cada vez mais os pequenos gestos e a originalidade de cada um...

Se meu cérebro descansa? (Pergunta retórica!) Acho que sim, quando eu estou tomando cerveja, rezando ou vendo um programa idiota de televisão... O que será de mim daqui a 10 ou 20 anos? Serei uma dona-de-casa com bob no cabelo, filhos na escola e marido trabalhando? Não sei, só sei que eu quero ser feliz e poder ter liberdade de escolher o melhor que a vida tem para me oferecer...

Enquanto isso eu vou me perguntando, refletindo e principalmente rezando para que eu me encontre com aquilo que Deus escolheu pra mim...

Muitas reticências, pois a vida continua, meus desejos mudam, meus sonhos vagam e a roda da vida continua a girar... Quem sabe um dia eu não faça uma outra crônica que complemente esta? Perguntas, cada vez mais perguntas...
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Criada em  30/04/2006
Publicado no http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/148040

Inaugurando...

Olá pessoal!

São exatamente 3:38h de 22 de junho de 2011.
Acaba de nascer o blog "Muitas reticências..." que recebeu esse nome por conta de uma das crônicas que escrevi a cerca de 5 anos atrás!
E nada melhor do que um brinde com uma das minhas bebidas favoritas para comemorar este nascimento!
Que este "pequeno rebento" possa trazer muitas alegrias e pensamentos!!!
Saúde!
Beijocas,
Giselly Aguiar