Existe um buraco negro
Onde por vezes quero morar
Mas também em muitos momentos,
É dele que pretendo escapar.
Onde por vezes quero morar
Mas também em muitos momentos,
É dele que pretendo escapar.
E nesse vai e vem de terminações verbais rimadas,
Correr e fugir não é uma opção.
Algumas vezes é o único remédio
Pra manter vivos a mente e o coração.
E hoje no raiar do dia me ponho neste papel
Para aliviar os pensamentos que insistem
Em vagar pelo meu corpo
Ocupando todos os espaços.
E agora, já silenciada,
Adormece uma poetisa
Que muito pouco se arrisca nas palavras.