Penso...
Penso tantas coisas que nem sei explicar... E isso não só significa ter opinião ou personalidade forte, no meu caso acho que tem mais relação com a necessidade de esvaziamento e ao mesmo tempo de transbordamento.
Esvaziar-se no sentido de colocar para fora o incômodo, as opiniões, os pensamentos. Transbordar-se da ausência de reflexão, da exigência do mundo de ter que ter sempre uma opinião formada sobre tudo e ainda com um falso e capitalista sorriso nos lábios, daqueles que são um investimento e não a expressão de um sentimento. Esperar que as coisas caminhem para um não sei o quê desejado mas desconhecido.
Penso que poderia experimentar, nem que seja por um segundo, a possibilidade do NÃO SER ou NÃO TER QUE SER... Viver hoje, em pleno século XXI nos obriga a SER muitas coisas, representar muitos e diferentes papéis e ainda, ter outras tantas! Um teatro que jamais fecha as suas cortinas, apenas no fim derradeiro da temporada na Terra e assim, daí por diante, o espetáculo se inicia em outro lugar? Seria mesmo o descanso eterno? Não penso definitivamente em passar minha eternidade descansando! Embora queira fazer isso em boa parte dela!
Penso no quanto ainda tenho para descobrir do mundo e não perdi a estranha mania das crianças de desvendar tudo e todos! Uma utopia que em mim permaneceu... Um desejo que por diversas vezes me descola dos espaços e me coloca em um paralelo como se eu fosse uma expectadora que procura selecionar o que vê a partir das suas preferências, mas por não conhecer todos os canais, quer passar por eles e não se ater a nenhum. Acho que essa é uma das melhores definições que encontrei sobre mim.
De tudo isso, uma coisa principal ficou: o DESEJO DE MUDAR E DE VIVER COISAS NOVAS SEMPRE!
Minha alma não cabe nesse mundo!
Em 4 de outubro de 2011.
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