quinta-feira, 7 de abril de 2022

UMA RIMA, UMA VOLTA, UM ENSAIO

Não tenho mais a facilidade de outrora

Bastava um instante para um poema sair

Hoje eu penso e até desisto na hora

Em que meu coração quer escrever, fluir.


O sol, a chuva, o vento, a vida

Muita coisa pra inspirar e escrever

Mas resolvi me prender da dura lida

Do que mostrar ao mundo o que tenho a dizer.


Voltei feroz como um animal faminto?

Isso ainda não sei muito precisar

Poesia pra mim sempre foi um instinto

Onde não mediria formas pra me expressar.


Em agora, nessa manhã ensolarada

Bebo meu café enquanto estudo sem pretensão

Aí vem a poesia, toda rica e empoderada

Me trazendo uma avalanche de palavras ao coração.


Não sei bem se voltei ao que era antes

Uma poetisa com muita coisa pra falar

Mas saí da inércia que me prendia por um instante

Para ver o que eu ainda tinha pra retratar.


E nessa poesia solta, leve e que teima em sua falação

Busco algo escondido dentro do meu ser

É um tempo, um instante, um movimento de rotação

Que sai pro mundo e vai viver.


(23/02/2022)


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